01 Mar 2019 15:47
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<h1>O Segredo Do Bonzo</h1>
<p>O Segredo do Bonzo é um conto escrito pelo autor realista Machado de Assis, originalmente publicado na Gazeta de Notícias no ano de 1882 e, logo após integrado ao livro Papéis Avulsos. “Ouviu A Bacana Notícia? a Fernão Mendes Pinto (aventureiro e explorador português do século XVI) que relata uma experiência que vivenciou no momento em que esteve no reino de Bungo.</p>
<p>Como este adverte o subtítulo do conto, trata-se de um capítulo inédito das anotações do viajante. Idêntico jeito permitiu a Machado tornar a narração sincera (como ele mesmo anuncia em tuas notas) com a atribuição de seu texto aos escritos de Mendes Pinto. Por aqui se observa uma crítica irônica à forma como as massas são facilmente manipuladas por oradores medíocres e prepotentes numa nação alienante. Após fazer uma passageiro fonte a um suposto episódio anterior, o narrador - Fernão Mendes Pinto - anuncia que discorrerá a respeito de uma certa doutrina que merece ser divulgada em justificativa dos proveitos dessa para a alma.</p>
<p>Contextualiza a ocorrência que se segue: no ano de 1552, em um passeio com Diogo Meireles na cidade de Fuchéu no reino de Bungo. Família Que Abrigou Atirador Da Flórida Diz Que Não Imaginava Que Ele Seria Um ‘monstro’ Fernão Mendes Pinto do século XVI encarnado por Machado de Assis No dia seguinte foram levados por Titané até o propalado homem: um senhor entendedor das letras que atendia pelo nome de Pomada.</p>
<p>Quando os viajantes demonstraram interesse na falada doutrina, o mestre começou a lhes mencionar que desde jovem sempre se martirizou em pesquisa de ampliar o seu entendimento, cercando-se de livros e construindo ideias. Leia Neste instante Minha Opinião Sincera , tal empenho nunca era conhecido, ao passo que o artefato término sim. Segundo o bonzo, de nada valeriam aqueles longos anos de estudo se não fosse pela subsistência dos outros pro honrarem. Um homem podes tornar-se detentor dos mais profundos saberes, contudo, se não houver contato desse com outros homens, é como se os saberes não existissem. Nas frases do autor, “não há espetáculo sem espectador”.</p>
<ul>
<li>Isis argumentou</li>
<li>Estruturação espacial</li>
<li>três 3-Dê alguns perdidos</li>
<li>doze Não seja professoral, ensinando o que é melhor para ele. Só dê um conselho se ele pedir</li>
<li>Faça contato visual</li>
</ul>
<p>Logo no momento em que chegou a isto, conta o bonzo que imaginou uma maneira fácil de se conseguir o prestígio sem a inevitabilidade de perder longos anos com o serviço, uma vez que só os fins são sérias e jamais os meios. Nota-se nesse lugar a crítica de Machado à mediocridade e ao desejo de poder de alguns intelectuais que se valem da hierarquia social, propalando um entendimento que não possuem, unicamente visando à estima alheia e aos bons tratos. O bonzo Pomada concluiu que “a qualidade e o saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam”.</p>
<p>Surge neste local a distância entre realidade e avaliação: conquanto qualquer coisa possa existir de fato, jamais existirá efetivamente se não houver críticas que acreditem em sua vivência, quer dizer, não há utensílio se não houver o sujeito que o conhece. Ao inverso, todavia, se alguma coisa não existir na realidade, contudo sim pela posição das pessoas, esse qualquer coisa cumpre com a única forma de existência necessária.</p>
<p>Eis assim sendo a gravidade dada ao parecer acima do ser. Finalmente, o bonzo explica que embora as teorias de Patimau e Languru carecessem de sentido, ambos conseguiram tomar os ânimos da multidão com a aplicação dessa arte e agora desfrutam dos prazeres provindos do reconhecimento. Os 3 deixaram a casa do mestre Pomada com o título de pomadistas (Machado de Assis explica em tuas notas que estas são expressões conhecidos de sua terra que significam “charlatão” e “charlatanismo”).</p>